“Rotas críticas: Feminicídio” é tema de palestra na Semana Uma Só Saúde

Apresentação aconteceu na manhã de abertura do evento, que reúne gestores municipais e profissionais da saúde do Rio Grande do Sul

Por Fernanda La Cruz

 

No Rio Grande do Sul, cerca de 150 mil mulheres são vítimas de feminicídio – sendo a maioria delas jovens e pobres. Na esfera nacional, o Brasil é o 5º país com maior número de feminicídio: tipificação do crime de assassinato de mulheres em razão do fato de serem mulheres. Diante desses números que, diga-se de passagem, crescem a cada ano, o feminicídio tornou-se assunto recorrente.

Na Semana Uma Só Saúde (evento realizado em Bento Gonçalves/RS), não poderia ser diferente. Na manhã de abertura do evento, a pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Stela Meneghl, falou sobre as rotas críticas do feminicídio, que podem incluir tortura, prostituição forçada de mulheres, estupros corretivos, espancamentos, mutilação e privação de liberdade. A Semana Uma Só Saúde reúne a Feira de Soluções para a Saúde (promovido pela Fiocruz) e o 31º Congresso do Cosems/RS (Conselho das Secretarias Municipais de Saúde), de 22 a 25 de abril.

 

“No âmbito da saúde, precisamos pensar também no acolhimento que a vítima recebe quando procura assistência. É preciso considerar as necessidades e os diferentes serviços que precisam alcançar homens e mulheres, considerando aspectos como orientação sexual, classe social e diferença salarial, entre outros”, explica Stela. “Precisamos especialmente olhar para as mulheres que estão em risco, como aquelas que já sofreram algum tipo de agressão ou que vivem em locais de extrema vulnerabilidade”.

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