Fitoterapia como apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Mariella Oliveira-Costa

Girassol, capim cidró, louro, cavalinha e erva-luisa. Essas cinco variedades de fitoterápicos foram as pioneiras para a implantação do horto de plantas medicinais na equipe de Estratégia de Saúde da Família Nazaré, na cidade de Tapejara, que possui pouco mais de 19 mil habitantes e está a 300 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul (RS).

Desde 2017, os profissionais da equipe substituíram o matagal atrás da Unidade Básica de Saúde (UBS) por uma horta medicinal. Naquele ano, parte do público de usuários chegava com sintomas relacionados ao distúrbio de sono, e a equipe começou então a cultivar plantas que, de acordo com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde, tinham alguma eficácia comprovada como apoio a tratamentos para esse problema de saúde.

Os resultados foram expressivos e houve um aumento gradual do público em busca das plantas medicinais. Com apoio da Universidade de Passo Fundo (RS), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), as agentes de saúde que compõem a equipe foram capacitadas para a manipulação de plantas que tenham a propriedade medicinal, bem como para conhecer a forma correta de orientação dos usuários quanto ao uso dessas plantas.

Desde então, os usuários fazem a retirada das plantas medicinais in natura, de suas mudas para cultivo em casa ou mesmo das plantas secas para se fazer o chá. Segundo a coordenadora de Atenção Básica do município, Daniela Girardi, não só as agentes comunitárias de saúde, mas toda a equipe multiprofissional é engajada: médica, enfermeira, técnica de enfermagem, recepcionista, dentista, auxiliar de consultório bucal e de serviços gerais.

A iniciativa, que começou com cinco plantas, foi abraçada pela comunidade, que pouco a pouco traz mais e mais fitoterápicos para cultivo. Inclusive, aquele espaço no fundo da UBS ficou pequeno e a Secretaria Municipal de Saúde irá inaugurar, em maio, o Horto Municipal Medicinal, no centro da cidade.  

Esta implantação de um horto de plantas medicinais por uma equipe de Estratégia de Saúde da Família estará exposta na Feira de Soluções para a Saúde – Saúde Única para Territórios Saudáveis e Sustentáveis, de 22 a 25 de abril de 2019, em Bento Gonçalves/RS. “Temos trabalhado muito com a Agenda 2030, para estimular esses Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Plantamos sem agrotóxicos, não usamos veneno e respeitamos os períodos naturais de cultivo de cada fitoterápico”, afirmou Girardi.

Clique aqui e saiba mais http://feirasolucoessaude.fiocruz.br/

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