Desafios para implementação saúde digital apresentados na Feira de Soluções

A tecnologia ganhou espaço na manhã do dia 23 de abril, durante a Feira de Soluções para a Saúde, em Bento Gonçalves (RS).

No espaço Ágora, representantes do Ministério da Saúde apresentaram a Estratégia Saúde Digital (DigiSUS), que, quando totalmente implementada, significará uma economia estimada de R$ 22 bilhões por ano aos cofres públicos. Isso porque, segundo o coordenador do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (Demas), Wilson Coelho, há hoje muita ineficiência por causa dos inúmeros sistemas e informações desencontradas na área da saúde. Segundo seu colega de equipe no ministério, Luís Júpiter, existem atualmente 488 sistemas de informação gerenciados pelo DataSUS.

O DigiSUS, portanto, se propõe a articular e integrar esses sistemas e, o que é mais importante, melhorar a qualidade de vida do cidadão. Seus objetivos são: aumentar a qualidade e o acesso à atenção; melhorar o fluxo de informações de forma a apoiar a tomada de decisão em saúde, vigilância, regulação e gestão, e consolidar a Plataforma de Saúde Digital no país, o Registro Eletrônico em saúde e  promover a Tele-saúde e a Telemedicina.

Ao mesmo tempo em que permitirá mais transparência no uso de recursos públicos, o DigiSUS permitirá a cada paciente ter acesso ao seu prontuário eletrônico. Com isso, os profissionais de saúde que lhe atenderem (médicos, enfermeiros, farmacêuticos etc) poderão conhecer e acompanhar a trajetória de saúde da pessoa, sabendo detalhes que podem ser importantes para as intervenções a serem feitas. Tudo isso, claro, desde que o paciente assim o permita.

O cidadão ainda poderá ter acesso a sua receita médica digital, eliminando de vez os riscos de perder ou danificar as receitas impressas ou mesmo aquelas com caligrafias ilegíveis. Outras vantagens prometidas pelo DigiSUS são a possibilidade de agendamentos de consultas, a realização de tele-consultas e a obtenção de resultados de exames – tudo em meio digital. Os pacientes também terão registradas de forma mais segura as suas cadernetas de vacinação e, como haverá fila única para cirurgias, poderá acompanhar com clareza e transparência o seu lugar nessa fila. 

Para a implementação total da estratégia, porém, alguns passos ainda são necessários. Daqueles listados durante a apresentação de Wilson Coelho, o momento em que se está é o do Plano de Ação Integrado, que reflete as prioridades nacionais e o contexto da chamada saúde digital. Dentre as etapas percorridas, destaque para a identificação de atores e parceiros estratégicos para a implementação da estratégia, como órgãos e instituições de saúde e também a imprensa. Foram identificadas ainda as nove linhas centrais da estratégia, que versam sobre: governança, marco legal, arquitetura da informação, sistemas e serviços integrados ao SUS, infraestrutura, sustentação dos serviços de infraestrutura, certificação, acesso à informação e intersetorialidade (de governança de saúde).

Wilson Coelho disse que com a estratégia implementada será possível se ter conhecimento mais aprofundado da situação epidemiológica do país. Com isso, será mais fácil apoiar a tomada de decisão e a adoção de medidas mais rápidas e eficazes. A novidade da estratégia em relação às demais iniciativas de informações no mundo digital é que ela busca congregar todas essas outras ações. E o cidadão, por meio de um portal de resultados, terá acesso mais simples a todas as informações de que tiver necessidade. “Com isso, poderemos tirar o cidadão do ambiente dos sites de busca de internet e leva-lo aos ambientes oficiais de informação sobre saúde, o que lhe dará mais segurança”, acredita Wilson.

 

Clique aqui para acessar a cobertura completa da Feira de Soluções para a Saúde: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/feira-de-solucoes-para-a-saude-acompanhe-a-cobertura-completa-aqui/

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