Fiocruz Brasília firma parceria com Laboratório de Inovação do ICTB

A Fiocruz Brasília, por meio do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS), firmou uma parceria de trabalho com o Laboratório de Inovação do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB), da Fiocruz. A proposta é trabalhar conjuntamente em ações de inovação que integrem as duas áreas.

A parceria visa otimizar o esforço de trabalho nas áreas de tecnologia da informação, em ferramentas de vigilância com o uso de inteligência artificial. A parceria com o Colaboratório CTIS incluirá o trabalho em conjunto com a Picaps, a Plataforma de Inteligência Cooperativa com Atenção Primária à Saúde, trabalho que é realizado entre a Fiocruz Brasília e a Universidade de Brasília (UnB).

O ICTB é, hoje, o maior biotério capaz de produzir e entregar o animal SPF (Specific Pathogen Free, ou desprovidos de patógenos, em tradução) e que possam ser utilizados em experimentos científicos do país. Além disso, se tornou um instituto tecnocientífico em biomodelos, portanto o escopo de atuação precisa ampliar o trabalho para métodos alternativos ao uso de animais. E este trabalho inclui a inteligência artificial, para ajudar, não só na vigilância epidemiológica, mas também na busca de novas vacinas e novos fármacos.

 “O ICTB, como um laboratório de pesquisa, tem se destacado no empreendedorismo científico, avançando com projetos inovadores, que podem se destacar na era da ciência digital, dando ainda mais visibilidade para a Fiocruz do futuro”, avalia Wagner Martins, coordenador do Colaboratório CTIS da Fiocruz Brasília.

“Nós temos a função institucional de promover a integração, e estamos conseguindo fazer isso envolvendo o ICTB e a Picaps no desenvolvimento de tecnologias digitais, que são inovações importantes para esse período da era digital. E essa parceria tende a se ampliar para outras unidades”, garante Martins.

Já há um projeto em parceria entre Fiocruz e ICTB em andamento. É uma ferramenta de inteligência artificial para a detecção da tuberculose por imagem. “Hoje temos mais de 80% de acurácia na identificação da tuberculose com essa dessa ferramenta, o que já é um índice bem alto e que iremos melhorar ainda mais, mas seguiremos com outras tecnologias também. Nós temos capacidade técnica e de pessoal para identificar pontos que necessitam de apoio para diagnóstico e para vigilância em saúde. Podemos ajudar bastante a Fiocruz Brasília, o Ministério da Saúde e Sistema Único de Saúde (SUS) para desenvolver ferramentas de tecnologia da informação (TI)”, afirma Christoph Schweitzer Milewski, diretor do ICTB.

A parceria também se dará no âmbito da biotecnologia, tanto para o fornecimento de animais, quanto para a área estratégica de comunicação com empresas de pequeno e médio porte. “Eu acho que a parceria com a Fiocruz Brasília pode ajudar bastante, até pela localização geográfica e política. Vamos trabalhar juntos para fazer isso de forma eficaz”, enfatizou Milewski.

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