Ficoruz Brasília apresenta dados do andamento da pesquisa sobre o Sistema Nacional de Auditoria do SUS

Os dados do andamento da pesquisa nacional (Re)conhecer para Fortalecer a Auditoria do SUS: SNA em Foco foram apresentados durante o Encontro Nacional dos Auditores do Sistema Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (EnaudSUS). O evento aconteceu entre os dias 17 e 18 de novembro, em Brasília.

A palestra foi realizada pelo pesquisador Wagner Martins, coordenador do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fiocruz Brasília, a professora Andrea Gonçalves, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília (UnB), e Gabriel Veloso, analista de gestão da Fiocruz Brasília.

“Eu tenho falado durante o EnaudSUS para que a gente saiba qual é a importância e o valor da nossa auditoria do SUS. Mas ao mesmo tempo precisamos entender o que somos, onde estamos e o que estamos fazendo. Essa é a importância do papel da Fiocruz e do trabalho desta pesquisa”, avaliou Cláudio Azevedo Costa, diretor da Auditoria do Sistema Único de Saúde (AudSUS), do Ministério da Saúde.

“Nós estamos fazendo um mapeamento da situação das unidades de auditoria do SUS, e esse mapeamento vai nos permitir identificar o grau de maturidade de casa unidade. Esperamos que os 26 estados, o Distrito Federal, as 26 Seções de Auditoria (Seauds), e os 5570 municípios respondam a este inquérito. A necessidade de um diagnóstico é muito grande e os dados irão nos ajudar a fazer essa análise de situação, combinando com o processo de planejamento de operações que possam resolver questões apontadas”, afirmou Wagner Martins.

Dados preliminares

Segundo informações preliminares da pesquisa, que ainda está em andamento, 92% das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) possuem unidade de auditoria; 68% das unidades são dedicadas às atividades de auditoria; e 57% das unidades de auditoria não possuem os recursos necessários para cumprir suas responsabilidades. Entre os fatores que impactam nas auditorias estaduais, foram citados dados como “unidades de auditoria não instituídas por instrumento normativo”, “faltam recursos orçamentários”, “não há cargo de auditor no Plano de Carreira”, entre outros.

Já os dados das Secretarias Municipais de Saúde, mostram que 67% dos respondentes possuem unidade de auditoria, 62% das unidades são dedicadas às atividades de auditoria e 57% das unidades de auditoria não possuem os recursos necessários para cumprir suas responsabilidades. Entre os fatores de impacto, foram listados “transporte para apoiar a realização das atividades”, “faltam recursos orçamentários”, “necessidade de capacitação em procedimentos de auditoria” e “não há cargo de auditor no Plano de Carreira”.

“Essa pesquisa traz a possibilidade de olhar o que a auditoria pode ajudar em si. Com a pesquisa é possível olharmos para quais as frentes de trabalho o SNA precisa focar o seu esforço”, avaliou a professora Andrea Gonçalves.

Gabriel Veloso ressaltou a importância do apoio das Comissões Intergestores Bipartite (CIBs). “Fizemos uma agenda de reuniões estaduais e essa estratégia se mostrou bem efetiva, porque após cada encontro a gente tinha um volume maior de preenchimento destes questionários”, pontuou.

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