Vacinação em jogo durante a Feira de Soluções para a Saúde

Maratona entre jovens desenvolvedores de jogos digitais vai até amanhã

Mariella de Oliveira-Costa

Com a vacinação não se brinca. A importância desse tema, porém, pode ser apresentada em formato de um jogo digital em saúde e este é o desafio lançado aos participantes do Game Jam, no primeiro dia da Feira de Soluções em Saúde.

Serão 14 horas de desenvolvimento distribuídas entre hoje e amanhã. Ao final, cada equipe vai apresentar o protótipo de seu jogo, e um júri formado por representantes da Fiocruz, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará e da Associação de Games do Ceará , vão selecionar qual deles receberá investimento em formato de bolsa no valor de R$1250,00 para desenvolvimento do jogo e disponibilidade nas plataformas online e acessível nos celulares de qualquer pessoa.

As cinco equipes participantes tem formações variadas, são de estudantes a jovens membros de empresas do mercado de jogos digitais. Para Rayanne Reveg, participar da competição é uma oportunidade que vai auxiliar na maturidade do grupo na implementação de uma empresa Júnior na área de tecnologia de jogos digitais.

O professor e desenvolvedor de jogos digitais, Romulo Jardim, destaca que o Game Jam é excelente espaço para que os jovens façam contatos na área de tecnologia, e aprendam a trabalhar sob pressão. E para quem acha que a juventude inicia o desafio de olho nos códigos de programação no computador, uma surpresa. Todos os grupos começam a pensar no jogo, riscando e rabiscando papéis, cartões e até as paredes acrílicas do espaço reservado para o desafio durante a Feira. São palavras soltas, frases, desenhos e mapas que, interligados, parecem fazer sentido para quem entra na brincadeira – que é coisa séria. O coordenador da atividade e pesquisador da Fiocruz Brasília, Marcelo de Jesus explica que esse é o primeiro passo no planejamento de qualquer jogo. “Após esse primeiro brainstorm é que eles vão trabalhar nos bancos de dados, com a criação de servidores em software livre para armazenar os códigos e informações ”, diz. Depois vem as etapas de design do jogo, propriamente dito, estabelecendo os critérios de início, meio e fim da competição, seguido da produção de um protótipo com a historinha bem contada e de acordo com o objetivo inicial de cada equipe.

Do Departamento de Monitoramento e Avaliação de Politicas de Saúde, do Ministério da Saúde,Luiz Júpiter apresentou um breve panorama sobre os desafios atuais na imunização da população brasileira. Os jogos poderão trazer o tema de infinitas formas, desde a história de vacinação no Brasil, com Oswaldo Cruz e a revolta da vacina, passando pela erradicação de doenças e sua forma de atuação no organismo até chegar aos atuais desafios, como resistência de parcela da população e a crença nos movimentos anti-vacina e o papel da Fiocruz, que completa, no ano que vem, 120 anos de atuação no país, e tem na produção de vacinas para o SUS, uma de suas principais atividades. Cada grupo pode aproveitar, inclusive a sua própria experiência com a vacinação, para desenvolver um jogo criativo e com potencial educativo.

O Game Jam é promovido pela Fundação Oswaldo Cruz, responsável pela Feira de Soluções para a Saúde, que é parte da Feira do Conhecimento e vai até sábado, no Centro de Eventos do Ceará. O trabalho das equipes do campeonato pode ser observado pelos participantes da Feira, pois o Game Jam esta localizado em um aquário, ao lado do Palco do Conhecimento. Escolha sua equipe e faça sua torcida.

 

Clique aqui e saiba mais sobre a Feira de Soluções para a Saúde.

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