Identificação segura dos usuários dos hospitais

Por Mariella Oliveira-Costa

A identificação do paciente é uma das metas mundiais para segurança hospitalar. É preciso garantir que, tanto os do ambulatório quanto os internados sejam identificados corretamente, e que os cuidados prestados sejam adequados.

Na rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), há um protocolo de identificação segura conforme determinação da Anvisa, e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, que faz parte da rede, adequou a proposta da Ebserh à realidade do hospital, utilizando o preenchimento automático das plaquinhas com três identificadores mínimos: nome completo, data de nascimento e número do prontuário.

Essa identificação é confirmada pelo profissional de saúde antes de qualquer procedimento. Os internados, recebem não só as pulseiras de identificação, mas também a placa no leito, preenchida automaticamente pelo computador, para mitigar a ilegibilidade.

De acordo com a enfermeira Emeline Moura Lopes, essa identificação é também utilizada nos óbitos e o fato de ser totalmente eletrônico é um diferencial. O sistema de informação criado neste Hospital e que será apresentado na Feira de Soluções para a Saúde já foi implementado também em outros hospitais da rede Ebserh, como o Hospital da Universidade de São Carlos.  “A gente quer mostrar para outras instituições e fazer com que elas também tenham a opção de usar aquela ferramenta. Podemos compartilhar a nossa solução, cada um fazendo adaptações conforme a sua realidade. Será uma forma de compartilhar informações para fortalecer a rede. Somos um hospital de referência, recebemos gente de todo canto, se fortalecermos a rede SUS, teremos um atendimento melhor aqui também”, afirmou Emeline, que trabalha no serviço de referenciamento de riscos em saúde, no setor de gestão da qualidade e vigilância em saúde do Hospital.

Da hora que nasce à hora da morte, todos os pacientes são identificados. No caso dos bebês, além dos demais identificadores, há também o termo “RN de” seguido do nome da mãe, o peso no nascimento e o número apgar, que é o cálculo que utiliza parâmetros de como a criança nasceu, tônus musculares e a reação de choro.  As pessoas transgênero também trazem na pulseira e na placa o nome social.

Sobre a Feira

A Feira de Soluções para a Saúde– Saúde Digital para Territórios Saudáveis e Sustentáveis, será realizada de 16 a 19 de outubro em Fortaleza – CE,  faz parte da programação da Feira do Conhecimento, será espaço de diálogo regional e formação de redes de cooperação entre os responsáveis pelas soluções industriais, sociais e de serviços de saúde inscritas. Clique aqui para conhecer as demais experiências inscritas.

As Feiras de Soluções para a Saúde surgiram em 2017, a partir do projeto Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika vírus e microcefalia no âmbito do SUS, sob a responsabilidade da Fiocruz Brasília e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs/Fiocruz).

A primeira edição da Feira de Soluções para a Saúde, promovida pela Fiocruz, foi realizada em Salvador (BA), em 2017, com tema específico para o combate à zika e às síndromes congênitas. Em abril deste ano, a segunda edição da Feira foi realizada em Bento Gonçalves (RS), com tema Saúde Única para Territórios Saudáveis e Sustentáveis. As soluções cadastradas em ambos eventos estão acessíveis online, já que uma das propostas da Feira é justamente montar um banco de soluções para a saúde, organizado por área de atuação.

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